Primeira noite sem elas...

Eu sei... já tenho 5 anos e já devia ter despachado este assunto há mais tempo...mas não tem havido tempo. Quer dizer...ninguém tem tido tempo. Ou melhor eu não me queria livrar delas. Nem elas de mim. Davam jeito. Eram cómodas...para todos. Divertidas. Tinham cores. E animais. E bonecos. Enfim. Eram a desculpa ideal.
Mas parece que já estava na hora, e enfim, eu também já estou a ficar grandinho. Os meus papás não querem ir ao meu médico e ter que lhe dizer que sim, quando ele me perguntar se ainda as uso. Conversei com o papá sobre o assunto. Assumi a responsabilidade.

Na verdade, o meu/nosso pediatra sempre disse que ia haver um momento certo, que não deveríamos apressar esse momento. Que ia depender de mim, que eu ia saber quando chegaria esse momento.
Sim, como já devem ter adivinhado são elas mesmo. Aquelas coisas que vêm em embalagens grandes, e que os bebés usam, e que cada vez que os papás compram se queixam de gastar tanto dinheiro naquilo.

Estou a crescer.
Daqui a uns aninhos (mais rápido do que os papás julgam) vão voltar a ter a mesma sensação quando tiverem que comprar outras coisas para mim e para o papá (caras, confortáveis, cómodas, em embalagens). O quê?
Sim, sim. Custam um dinheirão as recargas das lâminas Gillette!
Ah... já agora:

Correu bem a primeira noite sem fraldas. Só uma pinguinha a caminho da casa de banho. Sei que o papá me disse para o ir chamar mas «assim ia ficar mais aflitinho» então fui sozinho!!!

Hoje foi a segunda noite.

UM SUCESSO!

(embora desta vez tenha pedido ajuda)