Caracóis Selvagens... onde?

Li por aí que já não se encontram com facilidade caracóis selvagens… Nem com alguma paciência aos fins-de-semana, em dias de chuva.
Parece que bem podem palmilhar km e km de paisagens verdejantes, húmidas e cheias de caniços que não encontram nenhum caracol. Quando digo nenhum é nenhum mesmo, nada, zero!
A primeira interrogação é: o que terá acontecido aos caracóis que por vezes se tornavam pragas nos tempos antigos por aparecerem em tudo o que era paredes de quintal?

Entrámos em pânico, e ainda não queremos acreditar que não se vêm bichinhos desses.

No nosso caso não eram para comer... é mesmo só um devaneio nosso…
Será que o caracol selvagem está em vias de extinção? Não pode ser.
É-nos doloroso sequer imaginar um fim de tarde de verão sem uma esplanada cheia de imperiais e pires destes gastrópodes (COITADOS) a serem vilmente sorvidos das suas pequenas habitações! Alguns até têm o triste fim de servirem de mini-espetada com um alfinete antes de serem mastigados (?).

Parece que os turistas tinham nojo de beijar um português depois de o verem a "chupar o bicho", perderíamos um marco da nossa cultura, desvirtuaríamos as nossas tradições!

(Isso é o mínimo... estamos mesmo preocupados é com a preservação da espécie...)

Aqui em casa, o único que já teve (em tempos longínquos) a coragem de ««escaramuçar»» estes bichos foi o papá (A.T.J. – Antes do Tiago e da Joana), mas a mamã lá o fez esquecer este tipo de comportamentos desviantes.
Onde andam os caracóis perguntámos um ao outro?
De parte ficou logo a teoria de uma crise na procriação, como é sabido estes animais são rápidos nessa arte e nem sequer têm problemas conjugais! Reproduzem-se sozinhos, sem ajudas, são eles e eles mesmos. Será que é isso?
Será que os caracóis se cansaram da vida solitária que levavam e deixaram de se reproduzir? A verdade é que só de vez em quando lá se encontra um desgraçado solitário…, deve haver(felizmente) muita gente com água na boca e que em tempos quentes, passa o domingo a pensar no «raio» dos caracóis.
Olhem, se encontrarem por aí um grupo deles, desafiamos-vos a embrulharem-nos num pires e mandarem-nos aqui para o Reino s.f.f. - VIVOS!