quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Caixas e desenhos

Não percebo porque é que só vejo caixas para trás e para a frente.
Já ouvi dizer que é para a casa nova, mas para que é que eu quero caixas na casa nova?!
Os meus papás andam muito atarefados e eu também: eles põem as coisas nas caixas e eu vou tentando tirar.
No outro dia apanhei o papá a fazer «letas» (letras) numa caixa e só parei de fazer birra quando ele realizou o meu pedido.
«Faz casa.»
Portanto, enquanto umas caixas dizem: livros, copos, etc. aquela tem uma casa.
Realmente é mais giro fazer desenhos numa caixa do que no papel... se eu ao menos apanhasse uma caneta a jeito...

terça-feira, fevereiro 27, 2007

O raio do babete

Ontem à hora do meu jantar a mamã deixou-me tempo a mais na cadeirinha.
E, apesar de preso consegui fazer uma asneirinha... arranquei o babete e atirei-o para o chão.
«Mãe, qué saíiii»
E a mamã não aparecia para me soltar.
«Mãaaaeee...»
A mamã entrou na sala tão depressa que nem se apercebeu do babete no chão.
«Mãe, qué isto?» - disse eu apontando para o babete.
«Isto é o Tiago a fazer asneiras...» - disse ela.
(Não sei como é que os adultos têm umas respostas tão rápidas...)
«Nãaaaoo» - disse eu a olhar a mamã nos olhos.
«É sim. Foste tu?»
«Nãaaaaooo».
«Foste sim» - repetiu ela.
Bom, já que tinha sido apanhado...
«Mãe dá miminho...»
«Foste tu?» - mas que teimosa esta minha mãe...
«Qué beijinho» - pedi eu enquanto a mamã me tirava da cadeirinha.
Assim que lhe apanhei a bochecha a jeito... Chuack!
Ela olhou para mim, sentou-me no sofá, apanhou o babete e foi para a cozinha.
Deixei-a sem palavras ou safei-me em grande estilo?

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Ai, ai, aiiii

O Sushi fez asneira no fim de semana. Entornou a comida e depois entornou a água por cima, no chão, etc. Até escorria água pela porta do frigorífico...
A mamã deixou o Sushi de castigo e não lhe voltou logo a dar comida.
Ralhou com ele e eu também.
Mais tarde perguntou-me, vamos dar papa ao Sushi?
«Sim» - disse eu.
Ela pôs «bolachas do Sushi» no pratinho dele e disse-me:
«Vá, vai lá dar ao Sushi.»
Aí fui eu, com muito jeitinho para não deixar cair nenhuma.
Cheguei lá e com muito jeitinho...
...despejei as bolachas no chão...
Então... eu pensei que ele gostasse assim!

domingo, fevereiro 25, 2007

«Quero uma banana»...

... e depois logo vejo....
Na sexta-feira a mamã falou com a educadora quando me foi buscar.
Ela disse que eu lanchei muito bem e no fim pedi uma banana.
Até aí tudo bem... só que a mamã tinha mandado para o meu lanche dois iogurtes com pedaços (diferentes sabores) e um pastel de ananás...
Eu sei que se me derem comida, vou acabando de comer e vou continuando a pedir comida até se me acabar o reportório... e depois volto a pedir tudo de novo...
Será que devo ralhar com ela por me mandar pouca comida, ou devo pedir ao papá que compre acções de um hipermercado?

A educadora voltou a dizer à mamã que eu falo muito bem, que me explico muito bem e que nem tenho o sotaque característico aqui da nossa zona como os meus amiguinhos.

Nota - Já sei apertar e desapertar botões.

Ontem foi o meu post n.º 400, que bela maneira de o comemorar...

sábado, fevereiro 24, 2007

22 de Fevereiro de 2004

Fez no dia 22 deste mês, 3 anos que os meu papás anunciaram à família que ia ter um novo membro, EU.
Nesta altura já eu tinha 10 semanas de gestação, e a «mamã estava mais linda do que nunca» pelo que me contou o papá.
Depois de um grande almoço aqui em casa, vieram as sobremesas. Todos trouxeram um doce e já não havia muito espaço na mesa para a surpresa final.O bolo foi mandado fazer de propósito, as meias de lã foram compradas para pôr em cima de uma «bolacha» de massapão no centro do bolo, e foi a mamã que fez a «placa informativa». Foi escolhido o azul e o rosa porque não se sabia se vinha um menino ou uma menina.
O bolo foi posto na mesa pela mamã enquanto o papá filmava a reacção de todos.

Adoro ver essa filmagem!
Foi uma partida grande mas não foi uma partida de Carnaval...

Acho que até hoje os meus tios estão à espera de ser avós...

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

«Penda gande» e boa

Ontem a mamã lá me foi levar ao infantário.
Quando me foi buscar (mais cedo que o costume uma vez que não foi trabalhar) disse-me que tinha uma prenda para mim.
«Uma penda?» - perguntei eu.
«Sim filho, uma prenda. Queres?»
«Xim, o Iago qué penda.»
«A prenda está no carro, vamos?»
«Xim.»
«Sabes o que é?»
«Xim, é uma penda boa.»
«É uma prenda boa, mas sabes o que é?»
«...»
«É um camião grande.» - Disse ela.
«...»
Quando chegámos ao carro a mamã peguntou-me:
«Ainda te lembras o que é a prenda?»
«É uma penda gande.»
E lá me deu o camião um pouco frustada...
Então mas se foi ela que comprou a prenda, era ela que ma ia dar, ela sabia o que era...
Porque é que me estava sempre a perguntar o que era?

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

A pitinha... faz cada coisa!

Versão 1:
«A pintinha põe o ovo
e o Iago papa a sopa»

Versão 2:
«A pintinha põe o ovo
põe o ovo no Iago»

Versão 3:
«A pintinha põe o ovo
Iago come todinho»

Versão 4:
«A pitinha põe o ovo
e o Iago come a sopa
do Shrek»

O que eu gosto mesmo é da parte das cócegas e acabou-se!

Versão original:

A pitinha põe o ovo
e o Tiago come todo, todo, todo...

Nota - A sopa/creme/gelatina/etc. do Shrek é tudo o que tiver a cor verde... ADORO!

T-mail

Mais rápido que um sms, muito mais rápido que um pombo correio, mais eficaz que o correio azul, menos problemático que um e-mail (não é preciso ter rede)...
...só mesmo eu, o T-mail!
O papá pede-me para dar um recado à mãe e aí vou eu a correr pela casa...
Fico à espera de resposta e...
...aí vou eu de volta!

Só mesmo o T-mail (T de Tiago) consegue uma eficácia assim!

Produto sujeito a receita paternal.
Consulte o seu progenitor.
Nota - Eu já estou melhor mas ainda tenho alguma tosse... obrigado por se preocuparem.
Quanto à mamã, as borbulhas da varicela já estão a secar e vai trabalhar na segunda-feira.

Quando me perguntam:
«Quem deu as borbulhas à mamã?»
Eu respondo: «Foi Iago, ao pai não deu!»

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Bom Carnaval!

Ora bem, apresento-vos em slideshow:

O carpinteiro Tiago Serrote - «Vamos a casa, damos orçamentos» e «Preços de amigo»;

O Cowboy Tiago Gonzalez - o terror do Novo México (procurado em 5 estados);

O Chef Tiago Fettuccini - Proprietário de um restaurante em Itália que foi honrado com 5 estrelas no Guia Michelin.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Noitada

Esta madrugada como contei em adenda no post anterior tive que ir ao hospital...
Felizmente não era nada de grave. Um princípio de uma laringite e nem me receitaram «médios» nem nada. A mamã ficou muito preocupada em casa.
Sei que houve uma altura em que perguntou ao papá (via sms) se eu estava bem e se estava acordado:
«Está acordado e já acordou o hospital todo!» - disse o papá.
Pois, gosto que se solidarizem comigo!...
Quanto à pediatra... bom.... andou comigo ao colo porque eu não sou nada envergonhado de o pedir... Antes e depois de eu fazer aerossoís.
Chegámos a casa por volta das 5:30h. Foi a minha primeira noitada com o papá... uma coisa só para gajos.
À pouco quando a mamã me perguntou onde tinha ido de noite com o papá, eu respondi o que já tinha treinado com ele:
«fomos vê gajas!»

domingo, fevereiro 18, 2007

Cof, cof

Estou constipado e tenho uma tosse que faz um som muito grave, mas acho que não é nada que a mamã não consiga tratar...
Também tenho espirrado muito e normalmente, escolho as alturas em que tenho a boca cheia de bolachas para espirrar.
É claro que sai sempre qualquer coisa: ou do nariz ou a bolacha da boca.
Se ninguém der por isso, a bolacha fica colada aos móveis, livros, brinquedos, etc.
Os meus papás já me ensinaram que «quando se espirra põe-se a mão na boca» mas eu só me lembro (ou me lembram) depois do mal estar feito.
Como sou bem educado, ponho a mão na boca a seguir. E como não sou parvo, tusso uma ou duas vezes (ninguém põe a mão na boca por nada não é?).
Ora isto foi mesmo uma conversa de «cacas» não foi?

Adenda (3:15h) - Vou sair agora de casa com o meu papá para irmos ao hospital. Depois dos meus papás telefonarem para o Dói-dói Trim-trim, foram aconselhados a levar-me. Tenho tosse seca e (talvez) alguma dificuldade em respirar.
A mamã não pode ir porque está na fase de contágio da varicela e era irresponsável ir para as urgências pediátricas nestas condições.

sábado, fevereiro 17, 2007

Bateram à porta!

Toc toc toc...
Mãeeee, estão a bater à porta!
Vai lá ver quem é filho.
(silêncio)
Mãe, é para ti.
Quem é?
É a Dona Varicela...
Outra vez?!
Sim, diz que vem por uns dias para te fazer companhiaNota - Alguém tem uma doença para a troca?
Nós já temos uma repetida...

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

«Ú vamos?»

Desde que aprendi a falar melhor, posso manifestar mais vezes a minha curiosidade:
«Ú vamos?» e, se ninguém me responde sou capaz de fazer a mesma pergunta mais de 5 vezes seguidas quase sem respirar...
Mas o que é isto de me levarem para qualquer lado sem me dizerem para onde vamos?!Ouvi dizer que fiquei «muito agarrado à mãe» nestes dias que ficámos em casa... e por isso não a quero deixar vir embora do infantário.
Ontem de manhã quando ela me foi levar, eu já ia pelas escadas acima (quase a chegar) a mentalizar-me: «a mãe não fica...»
Também sou muito Homem para perguntar a todos os que vão buscar os filhos lá ao infantário (ao fim do dia) pela minha mãe.
Ainda esta semana, à hora do costume, íamos a sair do infantário quando um homem que a mamã não conhece me disse:
«Então? Estavas-me a perguntar pela tua mãe, ela já chegou... Vês?»

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Palavras e mais palavras

Os meus pais, adoram ver-me a dizer palavras complicadas.
Na segunda-feira aprendi a dizer «parafuso», encontrei um mal preso no «corrimão» das «escadas» do prédio. É claro que não aprendi este nome à primeira, mas a mamã usa uma técnica infalível: faz-me olhar para a boca dela e diz: «pa-ra-fu-so».
Quando digo a palavra bem, ela farta-se de rir.
Mais tarde tenho que a repetir para o papá.

Ela diz que acha engraçado um puto como eu dizer palavras que «não condizem com a minha idade».
O mesmo aconteceu com as palavras:
«migalha», «andex» (variante de: põe-te na alheta), «corrimão», «salsicha», «patareca» (ideia da avó Clara), «poc» (barulho que fazem as molas dos bodys e dos babygrows), «pénis» e «helicópto» (quase helicóptero).
Também acham graça quando digo: «tou xin-ga-do!»
Acho que é por eu soletrar, mas só o faço para frisar que estou mesmo zangado!

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Dia dos Namorados

Foto excluída.
O ano passado foi assim...

Este ano a mamã pediu-me para a ensinar a escrever uma frase... acedi.
Peguei na mão dela (senão nunca mais me despachava), e porque ela não encontrava as letras, ajudei-a a escrever:

Tiago is my boyfriend

Ficou toda contente... Aposto que vai contar às amigas todas!

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Fases ou estágios?

Depois de «Onde está a fase?» fiquei na dúvida se serão realmente fases...
Já fiz o estágio doloroso das cólicas do recém-nascido (duraram 4 meses);
Depois fiz o estágio do estabelecimento do padrão de sono;
Simultâneamente fiz o estágio do estabelecimento do horário para comer;
Seguiu-se o estágio da angústia da separação (acho que até foi curto, nunca fiquei muitas vezes a chorar no infantário);
Fiz ainda o estágio dos terrores nocturnos, pelo menos pensei eu... Depois de fazer uma breve pesquisa descobri que «Os terrores nocturnos são episódios nos quais a criaça acorda de maneira incompleta e extremamente ansiosa, pouco depois de ter adormecido. A criança não se lembra destes episódios. Estes episódios duram entre poucos segundos e vários minutos. Os terrores nocturnos são dramáticos devido aos gritos e ao pânico inconsolável da criança durante o episódio. São mais frequentes entre os 3 e os 8 anos de idade» pelo que, se calhar, ainda só fiz a introdução a este estágio...
Por último estagiei com a «amiga» varicela como sabem.

Qual será o estágio seguinte?
Os meus pais como Directores de Estágio deviam informar-me não acham?

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Fase cogumelo

Hoje acaba a minha fase cogumelo. Ou melhor, negativo de cogumelo...
Eles são normalmente assim:

E eu estive em «negativo de cogumelo» durante 12 dias ou seja, branco com bolinhas vermelhas...

Assim, regresso ao «batente»: vou bater no Rafael, no «Pêdo», no «Andé», no «Fonso» enfim, vida dura... a deles!

Tchau varicela, não gostei nada de te conhecer...

Nota - Sentiram o abalo sísmico?
Fui eu a entrar no infantário e a gritar : JÁ CHEGUEI!

domingo, fevereiro 11, 2007

Esperto ou inteligente?

Hoje estou a escrever ao colo do Pai...

Os meus papás (dizem eles) tiram alguns objectos do meu alcance para que eu não os estrague, ou para que eu não me magoe. Mas, porque eu acho que eles fazem isso só para me testar, vou descobrindo novas formas de os alcançar.
A mais básica, e que eu já utilizo há algum tempo, é pedir a alguém que me pegue ao colo fazendo uma carinha angelical, e depois é só esticar o braço e já está. Outra forma que uso há muito tempo é empurrar um banco, uma almofada, ou outro objecto que me permita subir e chegar mais alto.
Recentemente, descobri uma forma bem mais interessante. Em vez de ser eu a ir ter com os objectos, são eles que vêm ter comigo... E como?
Fácil! Basta ter a minha fiel e inseparável fraldinha à mão!
Pego numa das minhas pontinhas preferidas e lanço a fraldinha em direcção ao que eu quero alcançar (tipo cana de pesca). Depois é só puxar e esperar que venham ter comigo.
Que tal?

Nota - Hoje vou receber a visitinha da minha madrinha, o que significa mais miminhos, prendinhas e elogios, iupiii.

sábado, fevereiro 10, 2007

Mono-diálogos (parte II) e outros

Coloquei um pincel na junção entre duas mesas.
Com o outro pincel martelei o primeiro.
«Foxa» (força) - digo eu.
«Tá quaje» - incentivo eu.
«Já tá!» - digo eu contente.
«Paiabéns!» - termino eu.*****
Ontem fui ao parque com a mamã, fizemos «corridas» e eu andei no «correga» (escorrega).
De repente disse: «Olha mãe, felores... é pá mãe!»
Apanhei duas e dei à mamã (embora não na mesma altura porque assim ela teve dois presentes). Digam lá que não são lindas...Depois fomos lanchar ao café.
Lanchei dois iogurtes num instantinho. A mamã estava sempre a encher-me a boca, será que era por eu estar a dizer «sai mosca» em voz alta? Bom, eu também disse «tanta mosca!» e «olha mãe, as moscas» e ...
Se elas eram muitas e andavam a pairar em câmara lenta por cima das nossas cabeças, o que é que eu podia fazer além de as enxotar e esbracejar?

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

PIU!

Ora bem, depois do banho de ontem... sessão de música:

(O que está a azul era o que eu cantava sózinho, o resto cantavam os meus papás)

Pintinho, pintinho, pintinho PIU
Subiu numa pedra e depois caiu
A Dona Galinha ficou xangada
Pegou no pintinho e deu palmada

Pintinho, pintinho, pintinho PIU
Subiu numa pedra e depois desceu
A Dona Galinha ficou contente
Pegou no pintinho e deu palmada

Não filho, agora não é «palmada» é «presente» - disse a mamã

Mas quem tinha razão era eu, o pintinho não tinha nada que subir em primeiro lugar!

*****

Agora um miminho para uma pessoa muito especial:

Foto excluída.

Feliz aniversário «tia» Pipas, obrigado por fazeres parte da minha vida desde sempre...

Avalanche de tupperweres

A mamã ontem teve a brilhante ideia de me dar um tupperwere grande para eu brincar com as minhas peças de Lego.
Como se isso me fosse ocupar por muito tempo! Lá porque eu gosto de brincar com latas de conservas, não quer dizer que me entretenha com qualquer coisa...
Bom, a verdade é que além de termos andado a caçar as peças de Lego espalhadas pelo quarto todo, ainda sobrou para mim porque tive que ir sózinho à cozinha arrumar aquele tupperwere gigante (pelo menos para mim!) no armário.
«Uii, uii...»
«O que foi filho?» - perguntou a mamã quando voltei a entrar no quarto.
«Uii, uii, Iago tonto...»
«Porquê? O que fizeste?»
«Caiu» - disse eu comprometido.
«Caiu o quê?» - perguntou a mamã a sorrir (não percebi porquê).
«Caiu coixas... uii, uii...» (Caiu coisas...)
A mamã deu-me a mão e disse:
«Mostra lá à mamã o que é que fizeste, fizeste asneira foi?»
«Uii mãe, uii...»
Fomos à cozinha...
Foi aí que ela viu os tupperweres caídos no chão.
Eu não tive a culpa, quando abri a porta do armário eles cairam todos tipo avalanche.
Alguma coisa me diz que a mamã já sabia que isso ia acontecer e quis ver a minha reacção...
(É que tinha sido eu a arrumar os tupperweres acabadinhos de lavar.)

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Mono-diálogos (parte I)

Tum-tum-tum (sou eu a bater à porta do meu quarto)
«Quem é?» - pergunto eu.
«É o monstos» (São os monstros) - respondo eu.
«Pode entá.» - digo eu
«Vai embóia monstos» - ordeno eu.
E fecho a porta.Ainda agora, mesmo agorinha:
Mãe - «Tiagooo, acorda... já dormiste muito...»
Eu - «Não, xa-me domire!»

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Vai um cafézinho?

«É doche» (É doce).
Ontem, logo no dia em que isto aconteceu, dormi a sesta!!

Nota (16:21h) - Vim agora do consultório do «dotor». Eu e a mamã vamos ficar em casa mais 2 dias, 4 se contarmos com o fim de semana. Tenho duas feridas que ainda não começaram a cicatrizar e criaram uma pequena úlcera, mas não é nada de grave. A mamã já comprou Fucidine para tratar essas malandras.
Já não preciso de tomar Atarax nem de pôr permanganato de potássio na água do banho.
Alguém me acompanha num cafézinho?

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Sou refilão e depois?

«Tiago, vamos embora, estão a tocar à campaínha e não podes ficar aqui sozinho no quarto...»
«Tou fato!» (estou farto) - Digo eu com voz grossa.

«Pára Tiago!»
«Páia tu!» (Pára tu!) - Digo eu com voz grossa.

«Tiago eu vou-te pôr de castigo na sala preso na tua cadeirinha!»
«Nã, nã, nã! - Digo eu enquanto abano o indicador direito em frente dos olhos da mamã e a olho directamente sem desviar o olhar.

Enquanto ralha comigo a mamã empurra-me levemente o braço para me conduzir...
«Possas!» - Digo eu.

(Tudo isto se passou ontem, em menos de 2h)
Hoje de manhã, enquanto dizia «não pode mexê, é pigoso» e «cuidado dedos» lá fui mexendo no relógio-despertador do papá...

Nota - Ontem o papá já não me pôs aquela coisa cor-de-rosa na água do banho... Ora aí é que está o problema, eu QUERIA! Ainda ralhei com ele e disse «amaiélo» (apesar de não ser amarelo e ser rosa, mas no meio da discussão confundi as cores), mas não adiantou.
Estou a ficar melhor da varicela e tenho que me conformar, vou deixar de ter o banho com côr! Felizmente chegou a Super Mamã «pôs» espuma na água e lá me esqueci do resto.
São muito malandros os pais: estão sempre a lembrar-nos do que queremos esquecer (dormir, ficar bem comportados) e a fazer-nos esquecer o que queremos lembrar (onde queremos mexer, o que queremos fazer e para onde queremos fugir).
Isto de ser papá e mamã é ser do contra?!

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Miminho

A mamã fez este ursinho quando estava de licença de maternidade.
Alguns dos tecidos foram comprados outros são restos de camisas.
Tem um coração de feltro numa pata, e um T também em feltro na zona do coração.
Escusado será dizer que o T é de Tiago...
A mamã diz que não sabe que nome lhe devemos dar. Quando ela mo mostra eu agarro nele, abraço-o, embalo-o e digo «miminho».
Se calhar vai ficar esse a ser o nome dele:
Miminho

(De qualquer maneira estamos abertos a sugestões)

Nota - Não tenho comichões mas o apetite e as birras continuam. Embora a mamã se esforce por me manter ocupado, sou eu que a mantém ocupada, pois desarrumo tudo o que apanho pela frente.
Ninguém merece o cativeiro!

domingo, fevereiro 04, 2007

Cor-de-Rosa

Vejo tudo cor-de-rosa...
O Caladryl é uma loção cor-de-rosa...
Os comprimidos de permanganato de potássio são pretos, mas basta pôr um na água do banho e torna-a cor-de-rosa...
Foto excluída.
As minhas «bobulhas» depois de rebentar a bolha de água, ficam cor-de-rosa...
Não sei se vale a pena mas já agora, queria umas gotinhas de Aero-Om, se faz favor!
(Também conhecido cá em casa desde que nasci, por Aero-Pum)
Queria que ficasse registado que já não suporto pantufas. Tenho umas em forma de cão, umas em forma de coelho, umas em pele e umas vermelhas...
Não quero mais e escusam de mas calçar...
A mamã já descobriu uma solução: calça-me dois pares de meias sendo as últimas anti-derrapantes.
Eu não me importo, desde que não sejam cor-de-rosa!

Nota - Ontem estive um pouco febril e MUITO rabujento. Já não tenho borbulhas novas, ou seja com bolha de água. Penso que agora se segue a fase de cicatrização. Continuo a fazer muitas birras e a ter apetite como não poderia deixar de ser!

sábado, fevereiro 03, 2007

Resumo dos últimos 3 dias

Estes dias que tenho ficado em casa com a mamã, só nós os dois, têm sido esquisitos para mim:
Sei que quando fico em casa com a mamã o dia inteiro, normalmente o papá também está. Porque não fica desta vez?
A mamã diz que ele está a «tabaíae» (trabalhar) e que só vem logo.
Já ouvi isto tantas vezes que, em vez de continuar constantemente a perguntar por ele (principalmente quando faço uma asneira e a mamã me ralha) digo logo «o pai tá a chegaí».
Tenho também perguntado pelos meus amiguinhos do infantário : o «Andé, o Rafael, o «Pêdo», enfim...
Apesar de estar doente, pelo que a mamã diz, não sinto nada. Sei que tenho «bobulhas» (agora já digo melhor) mas por se ter borbulhas não se pode ir «bincar com os amigos?».
Nem os 74 «VD's» (DVD's) que tenho me mantém ocupado porque seria necessário pagar a alguém que os tirasse o pusesse no leitor de 2 em 2 minutos:
«Qué Gafield... não, qué Carros não, qué Bob não, agóia não, agóia qué Noddy...»; «Tou a escolheri mãe, escolheri...»
Assim, tenho que me vingar em alguma coisa e... estou constantemente a ser apanhado pela mamã a fazer «asneias».
Por exemplo, quando entornei um pouco do frasco do Caladryl no edredão enquanto a mamã mo estava a pôr nas costas. Aí, depois do sermão, perguntei pelo pai...
Isto é um ciclo vicioso ou um vício circuloso?

Nota - Esta noite tive a impressão de ter choramingado entre as 2:30h e as 4:30h, do papá me ter levado para a cama deles, de eu já não ter chorado mais, de às 8:30h me terem voltado a pôr na minha caminha (pensam que me enganam...) e de eu ter dormido ainda uma soneca de 15 minutos antes de ser acordado como se tivesse dormido ali toda a noite... Se foi o que aconteceu foi a primeira vez na minha vida, mas deve ter sido só uma impressão...

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Última hora

Depois de eu ter espalhado os brinquedos (quase) todos na minha cama a mamã diz:
«Tiago arruma os brinquedos depressa.»
...
«Tiaaaago, arruma tudo!»
...
«Tiago vá lá, arruma isso.»
...
«Tiago, eu vou-me zangar!»
«Já vou.... Apagá fogo!...»
(?)

Varicelando...

Tive acesso ao meu relatório médico constante do Boletim de Saúde...

Dia 31/01/2007:

Atendimento Permanente na Clínica *#%#* STOP
Contacto com colega do infantário que apresentava sinais de varicela STOP
Vesículas (3) no hipogastrio STOP
Bom estado geral STOP
Antihistamínico STOP
Permanganato de K+ STOP
Medidas de higiene corporal STOP
***
Tive que ir ao dicionário:
hipogastrio - o mesmo que abdómen
K+ - Potássio (esta a mamã sabia)

Nota - Continuo sem febre e bem disposto. Já tenho bastantes «bôbôlas» nas costas e barriga.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Mau retribuidor?

Os meus pais dão-me/deram-me:
a vida, amor, atenção, roupa, brinquedos, carinho, papinhas, um tecto, uma casa, experiências fantásticas, banho, DVD's, beijinhos, remédios quando estou doente, uma família, livros, acompanhamento pediátrico, jogos, enfim...
Não queria retribuir-lhes com uma varicela...O papá já teve varicela quando era pequenino e a mamã foi vacinada quando era bebé. Em Portugal não se vacinam as crianças contra a varicela mas a mamã nasceu em Angola. Li na internet que a vacina pode ser vitalícia...

Estou a tomar o xarope Atarax de 8h/8h, a pôr um comprimido de permanganato de potássio na água do banho e a usar Caladryl - loção.
Continuo sem febre, com apetite e eléctrico...

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